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[ recortes de inconformismo ]

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propósitos

Renúncia Inconformada, que, num desespero esforço de encontrar os secretos tesoiros da unidade eterna, às vezes os leva a meter um cartucho de dinamite nas pedras veneráveis, a ver se elas resistem à inquietação do presente. MT

quinta-feira, janeiro 27, 2005

Chávez e os limites da democracia
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Hugo Chávez é uma mistura de presidente de uma república das bananas e de Robin dos Bosques, protegendo os pobres contra os ricos.
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Não espanta, por isso, que tenha ganho confortavelmente o referendo a que foi obrigado por aqueles que queriam a sua destituição. Chávez mobilizou os votos dos que vivem nas catacumbas da pobreza - que na Venezuela constituem a maioria.
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O coronel encontrou habilidosamente um sistema que poderá perpetuá-lo no poder. Ao contrário de outros caudilhos da América Latina, como Péron, ou de ex-comunistas como Lula, que apostaram ou apostam na industrialização, Chávez não aposta no desenvolvimento do seu país.
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Não investe o dinheiro que ganha com a venda do petróleo (e que não é pouco: a Venezuela é o quinto exportador mundial) na modernização das estruturas produtivas: distribui-o directamente pelos pobres.
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Assim, faz-se amar pelo povo. Mais simplesmente, condena-o à miséria, porque a sua única forma de acabar com a pobreza é promover o desenvolvimento. O dinheiro que não é aplicado de forma rentável desaparece como a chuva na areia.
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O Caso Chávez merecia um estudo sério. Porque mostra os limites da democracia: revela o modo como um demagogo pode conservar o poder satisfazendo o povo no imediato mas condenando-o a prazo.
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Há momentos em que os governantes têm de desgradar aos eleitores para garantir o futuro. Hugo Chávez não pensa assim: com o dinheiro do petróleo alicia directamente os eleitores, mesmo sabendo que, ao distribuir o capital em vez de o investir, está a compremeter o futuro do seu país e a eternizar a miséria.Como escrevia certeiramente no "PÚBLICO" Jorge Almeida Fernandes "a redistribuição sem investimento é um suicídio económico."Expresso_editorial

Inconformado at 10:31 da tarde

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terça-feira, janeiro 25, 2005

ROSA

Hoje o céu está mais azul
Eu sinto
Fecho os olhos, mesmo
Assim
Eu sinto
O meu corpo estremecer
Não consigo adormecer

Ah, nem o tempo vai chegar
P?ra dizer o quanto eu sinto
Você longe de mim
É uma espécie de dor

Hoje o céu está mais azul
Eu sinto
Olho à volta mesmo assim
Eu sinto
Que este amor vai acabar
E a saudade vai voltar

Ah, nem o tempo vai chegar
P?ra dizer o quanto eu sinto
Você longe de mim
É uma espécie de dor

Já não sei o que esperar
Dessa vida fugida
Não sei como explicar
Mas é mesmo assim o amor

Voz- Rosa Passos

In Rodrigo Leão CINEMA
2004

Inconformado at 7:59 da tarde

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quinta-feira, janeiro 20, 2005

INFLAÇÃO DE SANTOS Roberto Rusconi, professor de História do Cristianismo, acrescenta que "o aumento das canonizações começa com a perda do poder temporal dos Papas.".
O falecido cardeal Sílvio Oddi reflectiu na sua biografia que "agora, há uma inflação de santos, por causa da produção em série". "Uma banalização da santidade" comentou o severo cardeal Joseph Ratzinger, tendo de fazer marcha atrás perante as críticas que lhe fizeram.
A proliferação de santos foi possível porque o Papa simplificou as rígidas normas do processo, embora a simplificação e o objectivo de oferecer um santo a todos tenha provocado protestos e oposição. Como se a quantidade e pressa tivessem sido maus conselheiros.
Fábrica de Santos, Texto de Rossend Domenech correspondente em Roma do Expresso.

Inconformado at 10:40 da tarde

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quarta-feira, janeiro 12, 2005

AS ELITES DO FUTURO Às vezes dou comigo a pensar na indiferença com que muitos jovens (nomeadamente entre os 18 e os 25 anos) encaram a realidade económica e social do país. Pode sempre dizer-se que há um tempo para tudo e que agora é a vez de eles se divertirem, livres de preocupações.

Pois é, mas não lhes ficaria mal um pouco mais de consciência social não apenas sobre o que as elites agora lhes proporcionam mas, acima de tudo, sobre o que lhes está reservado para o futuro - e que é, no mínimo, preocupante. Era bom que os jovens tivessem uma palavra a dizer sobre a forma como o seu país está a ser conduzido. Era bom vê-los envolvidos em causas e ideais. Seria animador se neles se notasse uma consciência crítica, informada e inconformada.
É caso para pensar se estaremos a conseguir formar com sucesso as elites do futuro.


Vítor Andrade in Expresso

Inconformado at 9:03 da tarde

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sexta-feira, janeiro 07, 2005

O alerta do professor.

"(...) Temos o funcionamento dos partidos políticos, que são péssimos. Os partidos políticos funcionam muito mais como agência de empregos em vez de se assumirem como escolas de cidadania. Filtram mal os seus candidatos a membros: visam o curto prazo; são falhos de sentido de Estado e às vezes de
patriotismo e vivem na lógica do bota-abaixo e do dividir para reinar.

A agravar a situação não existe escola alguma para formar políticos, quem se apresenta como candidato a político não tem que prestar provas nem sequer apresentar o seu registo criminal e o escrutínio principal é feito pelos media, e aqui parece que impera a lógica do vale tudo. (...)"

João José Brandão Ferreira in Expresso

Inconformado at 9:54 da tarde

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